Estes são alguns questionamentos que nos fazemos, observando e analisando as diferentes realidades vivenciadas. O que adianta ter um laboratório equipado se os profissionais responsáveis não estão preparados ou não estão atendendo as expectativas dos demais professores e alunos? Ou ainda, de que maneira aquela escola pública com computadores defasados e profissionais sem prática e/ou conhecimento podem auxiliar o aluno na sua construção de conhecimento? Alguns aspectos relevantes destacados na nossa prática.
É preocupante, ainda nos depararmos com situações deste tipo, nesta nova sociedade em que estamos emergidos, onde o sujeito deve ser crítico, pensar e agir segundo seus preceitos, aprender a aprender, trabalhar coletiva e cooperativamente, este sujeito e deve ter uma visão ampla da sua realidade e saber detectar problemas e ter a iniciativa de resolvê-los e para esta resolução de problemas o computador entra como um recurso para ajudar o sujeito na sua prática, assim “aprender um determinado assunto deve ser o produto de um processo de construção de conhecimento realizado pelo aprendiz e por intermédio do desenvolvimento de projetos que usam o computador como uma fonte de informação ou recurso para resolver problemas significativos para o aprendiz” (Valente, 1999, p. 83); por isso é que precisamos de uma tecnologia na educação, não para a educação, uma tecnologia como meio de aprendizagem, não basta saber como usar é preciso tirar proveito deste recurso, é preciso usar a tecnologia para auxiliar no processo de construção do conhecimento, pois “ o aprender com a tecnologia parte do pressuposto de que o aluno é um sujeito ativo, e que para que exista aprendizagem é necessário o pensar e a reflexão do aluno sobre o próprio processo. Para Jonassen (1999) o pensamento mediatiza a aprendizagem, e esta se origina do pensamento” (Passerino, 2001, p,171), esta aprendizagem com tecnologia, tem base no construtivismo, onde o conhecimento é construídos pelo sujeito e não transmitido, por isso é que nossas escolas necessitam de profissionais capacitados, formados para serem mediadores do processo aluno – tecnologia – informação – conhecimento, as tecnologias aplicadas à educação devem ter como função principal serem ferramentas intelectuais que permitam aos alunos construir significados e representações próprias do mundo de maneira individual e coletiva.
É preciso criar ambientes educacionais em nossas escolas, é necessário um ambiente estimulador, desafiador, não meramente “exercitador” dos conhecimentos já adquiridos, mas que possa dar continuidade nas aprendizagens, na construção do conhecimento e que o computador seja um meio de, uma ferramenta para auxiliar este processo, pois “o uso da informática no ensino deve promover a criação de ambientes educacionais de tal forma que o computador seja utilizado como ferramenta que permita a interação entre o aluno, o professor e o conteúdo a ser ensinado.” (Belan, Nery, Araújo, 2006, p. 88)
Referências Bibliográficas:
BELAN, P. A.; NERY, E. P.; ARAÙJO, S. A. de. Software para auxílio à pré-alfabetização infantil baseado em reconhecimento inteligente de caracteres manuscritos. Exacta, SãoPaulo, v.4, n.1, p. 87-93, jan./jun. 2006. http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/810/81040108.pdf
Roman, Eurilda Dias Org. Steyer, Vivian Edite Org.A CRIANÇA de 0 a 6 anos e a educação infantil : um retrato multifacetado..In: Passerino, Liliana Maria. Informática na educação infantil: perspectivas e possibilidades. Canoas: ULBRA, 2001. p. 169-181.
Valente, José A. (Org). O computador na sociedade do conhecimento. In: Valente, José A. Análise dos diferentes tipos de softwares usados na Educação. Campinas, SP. UNICAMP/NIED, 1999. p. 71-85. http://www.ulbra.tche.br/~magda/edumat/aswvalente.pdf
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